1º trailer da animação ParaNorman
"ParaNorman", de forma sutil, é um filme que levanta bandeiras e ataca preconceitos --há uma piada no final, com uma polêmica em potencial, mas, deve se saudar a ousadia dela existir, especialmente num filme infantil. Seu discurso é o da tolerância e aceitação, fazendo uma ponte entre passado-- quando mulheres eram acusadas de bruxaria e queimadas ou enforcadas-- e o presente, quando minorias sofrem preconceitos.
Na cidade onde Norman mora, uma bruxa foi enforcada e, antes de morrer, lançou uma praga sobre aqueles que a condenaram. Agora, essas pessoas levantam do túmulo e voltam para assombrar os moradores --que, na verdade, nem se assustam tanto, mas tomam as medidas mais drásticas contra os zumbis, instaurando o caos. Apenas Nornam, com seus poderes, é capaz de compreender o que está acontecendo e tentar ajudar vivos e mortos.
A paleta de cores dos diretores Butler e Fell é totalmente condizente com o tom sombrio da história. Desde sua abertura-- com uma homenagem a filmes antigos de monstros-- "ParaNorman" valoriza a criatividade, especialmente nas imagens, porque nem sempre a trama consegue manter o seu frescor. E os detalhes-- desde o cenário até as expressões dos personagens-- são assombrosos, ainda mais se levado em conta a complexidade de produção de um filme como esse.
Com sua sinceridade e gosto para o sombrio, "ParaNorman" oferece diversão com um quê de diferente. Sem medo de abraçar o sinistro, o filme é, ao mesmo tempo, encantador. Pode assustar crianças pequenas, mas tem o mesmo potencial para agradar a outras maiores e adultos.
(Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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